Controlo público do Metro<br>do Porto
A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP reafirmou, em conferência de imprensa realizada no dia 3, a necessidade de recuperação do controlo público da empresa Metro do Porto. Em causa está, garante, a defesa do serviço público de transportes, da região e do País.
Sublinhando a importância estratégica do Metro do Porto para a Área Metropolitana, sobretudo no que respeita à facilitação da mobilidade, à melhoria das condições de vida e à própria dinamização do desenvolvimento económico, os comunistas recordam os sucessivos boicotes e resistências da parte de sucessivos governos do PS e dos PSD/CDS. A não transferência das indemnizações compensatórias e o subfinanciamento, não sendo os únicos exemplos, são porventura os mais reveladores desta atitude.
Se os governos tivessem assumido as suas responsabilidades de investimento, a empresa não estaria hoje com os actuais níveis de endividamento. A agravar a situação económica e financeira da empresa, recordam ainda os comunistas, estão ainda os ruinosos contratos de financiamento a que teve que recorrer, particularmente os famigerados swap, cujas perdas potenciais já superam os 1800 milhões de euros.
Traçando o atribulado percurso da empresa, que culmina no novo processo de privatização com o qual o Governo pretende entregar o Metro do Porto aos grupos económicos (em moldes prejudiciais para o erário público), o PCP defende uma inversão de políticas capazes de «colocar os interesses da população, da região e do País acima das negociatas, dos interesses dos grupos económicos e financeiros, da continuação da alienação do património nacional».
Na conferência de imprensa participaram Jaime Toga, da Comissão Política, e Gonçalo Oliveira, do CC.